Arquivo do dia: 24/11/2013

Em ti não há temor, porque a dor, é vencida pelo amor.

alegria casa do senhor1617

Livro de Salmos 122(121),1-2.4-5.
Que alegria, quando me disseram:
«Vamos para a casa do Senhor!»
Os nossos pés detêm-se
às tuas portas, ó Jerusalém!

Para lá sobem as tribos,
as tribos do Senhor,
segundo o costume de Israel,
para louvar o nome do Senhor.

ali estão os tribunais da justiça
os tribunais da casa de David.

alegrei-me

amor-biblico

Comentário do dia
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilia 1 sobre a cruz e o ladrão, para Sexta-feira Santa, 2; PG 49, 401

«Quando estiveres no teu Reino»

Abriu-se hoje para nós o paraíso, fechado há milhares de anos; neste dia, nesta hora, Deus introduziu nele o ladrão. Realizou assim duas maravilhas: abriu-nos o paraíso e fez entrar nele um ladrão. Hoje, Deus devolveu-nos a nossa velha pátria; hoje, conduziu-nos à cidade de nossos pais; hoje, abriu uma morada comum a toda a humanidade. «Hoje estarás comigo no Paraíso.» Que dizes, Senhor? Estás crucificado, cravado de pregos, e prometes o Paraíso? Sim, diz Ele, para que, pela cruz, conheças o meu poder. […]

Não foi por ressuscitar um morto, por dominar o mar e o vento nem por expulsar os demónios que Ele conseguiu transformar a alma pecadora do ladrão, mas por ter sido crucificado, preso com pregos, coberto de insultos, de escarros, de troças e de ultrajes, para que visses os dois aspectos do seu poder soberano. Ele fez tremer toda a criação e fendeu os rochedos (Mt 27,51); e atraiu a Si a alma do ladrão, mais dura do que a pedra, revestindo-a de honra. […]

Jamais rei algum, certamente, permitiria a um ladrão ou a outro de seus súbditos sentar-se a seu lado ao entrar soberanamente na cidade de seu reino. Mas Cristo fê-lo: ao entrar na sua santa pátria, introduz nela consigo um ladrão. Ao agir deste modo […], Ele não a desonra com a presença de um ladrão; bem pelo contrário, honra o Paraíso, porque é uma glória para o Paraíso que o seu Senhor torne um ladrão digno das delícias que ali se saboreiam. De igual modo, quando faz entrar os cobradores de impostos e as meretrizes no Reino dos céus (Mt 21,31) […], fá-lo para glória desse lugar santo, assim mostrando que o Senhor do Reino dos céus é tão grande, que pode restituir toda a dignidade às meretrizes e aos cobradores de impostos, de maneira que estes se tornam merecedores de tal honra e de tal dom. Admiramos um médico por o vermos curar homens que padecem de doenças consideradas incuráveis. É portanto justo admirarmos a Cristo […] por O vermos restabelecer cobradores de impostos e meretrizes numa tal santidade espiritual, que se tornam dignos do céu.

bom ladrão

Comentário ao Evangelho
ESTE É O REI DOS JUDEUS!
A crucifixão de Jesus constituiu-se em um trauma para os discípulos. Eles esperavam que seu Mestre fosse um Messias-rei glorioso, cheio de poder, capaz de pôr fim à opressão romana. Por isso, diante do Crucificado, viram esvair-se todas as suas esperanças.
Contudo, a inscrição afixada no alto da cruz – “Este é o rei dos judeus” – era verdadeira. Efetivamente, Jesus era “rei dos judeus”, mas seu reino era bem diferente daquele que os discípulos e os adversários esperavam.
Uns e outros não conseguiam perceber a dinâmica de salvação em que estava envolvida a morte de cruz. Ali, Jesus estava salvando toda a humanidade, por ser o Cristo de Deus, o eleito. A crucifixão resultava de sua fidelidade total ao Pai, Senhor de sua existência. Isto significava que a vontade divina sempre fora o imperativo na vida do Filho de Deus. O Reino do Pai tornara-se o Reino de Jesus. Reino articulado no querer divino, e não na força das armas, da violência, das conquistas, da opressão. Por conseguinte, os judeus e todos os que quisessem salvar-se, deveriam aderir a este Reino, cujo Rei é Jesus.
Os dois ladrões, também crucificados com o Mestre, revelaram duas atitudes contrastantes diante desse Rei: um o rejeitou como fraco e impotente; o outro o acolheu e o reconheceu como sendo vítima da injustiça. A este Jesus acolheu em seu Reino!Oração
Espírito de fidelidade ao Pai, faze o Reino acontecer na minha vida, como aconteceu com Jesus, levando-me a viver na absoluta submissão ao querer do Pai.(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)

– See more at: http://catedral.org.br/liturgia/cristo-rei-lc-2335-43#sthash.riZ46FEn.dpuf

Comentário ao Evangelho
ESTE É O REI DOS JUDEUS!
A crucifixão de Jesus constituiu-se em um trauma para os discípulos. Eles esperavam que seu Mestre fosse um Messias-rei glorioso, cheio de poder, capaz de pôr fim à opressão romana. Por isso, diante do Crucificado, viram esvair-se todas as suas esperanças.
Contudo, a inscrição afixada no alto da cruz – “Este é o rei dos judeus” – era verdadeira. Efetivamente, Jesus era “rei dos judeus”, mas seu reino era bem diferente daquele que os discípulos e os adversários esperavam.
Uns e outros não conseguiam perceber a dinâmica de salvação em que estava envolvida a morte de cruz. Ali, Jesus estava salvando toda a humanidade, por ser o Cristo de Deus, o eleito. A crucifixão resultava de sua fidelidade total ao Pai, Senhor de sua existência. Isto significava que a vontade divina sempre fora o imperativo na vida do Filho de Deus. O Reino do Pai tornara-se o Reino de Jesus. Reino articulado no querer divino, e não na força das armas, da violência, das conquistas, da opressão. Por conseguinte, os judeus e todos os que quisessem salvar-se, deveriam aderir a este Reino, cujo Rei é Jesus.
Os dois ladrões, também crucificados com o Mestre, revelaram duas atitudes contrastantes diante desse Rei: um o rejeitou como fraco e impotente; o outro o acolheu e o reconheceu como sendo vítima da injustiça. A este Jesus acolheu em seu Reino!Oração
Espírito de fidelidade ao Pai, faze o Reino acontecer na minha vida, como aconteceu com Jesus, levando-me a viver na absoluta submissão ao querer do Pai.(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)

– See more at: http://catedral.org.br/liturgia/cristo-rei-lc-2335-43#sthash.riZ46FEn.dpuf

bom ladrão

Crucifix

O reinado do crucificado

Na festa de Cristo Rei, somos convidados/as a dirigir nosso olhar a Jesus Crucificado, que leva como coroa os espinhos, como vestes, só ferimentos, sendo seu trono, a cruz.

E se alguém tem dúvidas de quem se trata, a cruz tem um letreiro que o proclama: “Este é o Rei dos judeus”.

Olhando para ele, vêm à nossa memória as palavras do profeta: “Ele não tinha aparência nem beleza para atrair o nosso olhar, nem simpatia para que pudéssemos apreciá-lo” (Is 53, 2).

Mais ainda: “Eram nossas doenças que ele carregava, eram as nossas dores que ele levava em suas costas” (Is 53,4).

Jesus de Nazaré, o filho de Maria, levou até as últimas consequências sua fidelidade ao projeto do Reino, seu serviço aos pobres e marginalizados, sua luta contra tudo aquilo que oprimia religiosamente ou socialmente seu povo.

Seu estilo de vida incomodou demais os interesses dos poderosos, que se uniram para matá-lo. Tratando-o como o pior dos malfeitores, deram-lhe o castigo dos últimos: a cruz!

E é desde esse lugar, ou melhor, é nesse lugar que é proclamado REI!

O que significa isso?

O lugar onde a salvação acontece é uma cruz, o lugar das vítimas, dos injustiçados deste mundo. É dali que a salvação brota, floresce. O reinado de Jesus inaugura-se no serviço máximo e na solidariedade com os últimos e desprezíveis de nossa terra.

Isto nos leva a nos questionarmos seriamente. Qual é o lugar que ocupamos na sociedade de hoje, perto de quem nos colocamos, com quem e para quem trabalhamos?

Lucas disse que o “povo permanecia aí, olhando”. Coloquemo-nos agora perto  dos crucificados, o rei dos judeus e os dois ladrões, para contemplá-los e escutar o que dizem.

As palavras dos ladrões dão voz a diferentes gritos da humanidade de todos os tempos. Por um lado, escutamos a voz irônica da incredulidade, da desesperança: “Não és tu o Messias? Salva a ti mesmo e a nós também!”

Por outro, a voz do pecador arrependido que clama por misericórdia: “Jesus, lembra-te de mim quando estiveres em teu Reino”.

Esse grito do bom ladrão não só é uma prece como também a confissão de fé em Jesus como Rei e Salvador. Esta é a chave para participar do reinado de Jesus, confiar-se humildemente à sua Pessoa.

A resposta de Jesus: “Eu lhe garanto, hoje mesmo você estará comigo no Paraíso”, confirma o que dizíamos anteriormente: o reinado de Jesus se inaugura na cruz, e o “hoje” abre tempo e espaço para a participação no reino de Deus.

Com qual dos dois ladrões nos identificamos? Qual é nosso grito a Jesus Crucificado?

Por meio deste diálogo entre Jesus e o bom ladrão, o evangelista quer salientar as características principais do reinado de Deus, que são a compaixão e a misericórdia.

Nosso Rei crucificado nos revela um Deus compassivo e misericordioso, que ouve o clamor de seus filhos/as a ponto de ele mesmo assumir em sua carne esse grito para assim abraçá-los/as em seu amor misericordioso: “Pai, perdoa-lhes. Eles não sabem o que estão fazendo!” (Lc 23, 34).

Esta festa de Cristo Rei nos convida a nos colocarmos “no lugar”, junto com nossos/as irmãos/ãs mais necessitados/as, para ali, com eles/as, viver suas lutas e sofrimentos, deixando que a compaixão e a misericórdia iluminem  nossa inteligência, motivem nossas relações e conduzam nossos passos para que o “hoje” do reinado de Deus continue acontecendo.

http://www.ihu.unisinos.br

Oração a Cristo Rei do Universo

Glória a ti, Jesus Cristo, Rei do Universo,
Tu és o meu Senhor e o meu Deus.
Tu és o princípio e o fim de todas as coisas.
Em ti tudo é bom, tudo é perfeito.
Em ti o perdão é constante,
e o amor infinitamente eterno.
Em ti a misericórdia é Nome,
e a fidelidade permanente.
Em ti não há temor,
porque a dor,
é vencida pelo amor.
Em ti existo,
sem ti,
nada sou.
Em ti confio,
em ti espero,
em ti caminho,
e vivo,
em ti repouso,
e descanso.
Tu és a rocha da minha salvação,
o sopro que me dá vida,
o alento que me enche,
a força que me move.

Em ti sou coração!

ao meu lado