Ter paciência.

Quem faz a obra é o SenhorEu só sou o adorador e o meu papelÉ entregar aquilo que eu não entendoEu só preciso aprender a esperar e obedecerE confiar que o tempo de Deus é perfeito
Olhe os lírios dos campos
Olhe as aves do céu
Deus sempre cuidouE sempre cuidará
Olhe pra tua históriaOlhe pra o que já passouDeus nunca falhouE nunca falhará
Preciso confiar, descansarE esperar pelo tempo de DeusTer paciênciaConfiar, descansarE esperar pelo tempo de DeusTer paciência
Olhe os lírios dos camposOlhe as aves do céuDeus sempre cuidouE sempre cuidará

A virtude da paciência heroica de Nossa Senhora

De fato, a paciência é uma virtude necessária diante do imediatismo que vivemos em nossa sociedade atual, pois, na maioria das vezes, agimos sem pensar ou sem nos preocupar com as consequências dos próprios atos, ou seja, não sabemos esperar, e quando a paciência nos falta, causa danos em nós e em nossos relacionamentos.
Vamos ao conceito de paciência para melhor compreensão de como podemos alcançá-la: “Do latim patientĭa, a palavra paciência refere-se à capacidade que uma pessoa tem para suportar ou tolerar algo/alguém sem se aborrecer.

A paciência também permite fazer alusão à faculdade de saber esperar algo, à capacidade de fazer coisas minuciosas ou à perseverança necessária para levar até ao fim uma tarefa. Paciente é qualquer pessoa que saiba esperar e que seja capaz de levar as coisas com serenidade”.
Recordaremos sempre que Maria fazia parte de um povo que vivia uma realidade humana de impossibilidades e barreiras, e esperavam a realização da promessa de Deus, que enviaria o Messias para os libertar. É nesse contexto social que ela vivia, não levava uma vida fácil, mas sim de austeridade e sobriedade diante dos acontecimentos.

Modelo de paciência
Em Maria encontramos esse modelo de paciência, pois em sua vida se verifica que, nas situações mais adversas, ela soube gerir todas as coisas com serenidade, coragem e esperança.
Já se ouviu dizer que a paciência é a mais heroica das virtudes, pois permite enfrentar tudo na vida que seja difícil e árduo. A paciência exige esforço pessoal e empenho para, antes de tudo, vencer a si mesmo.
As realidades que Maria viveu no seio familiar e com o seu povo era de uma condição social extremamente desafiadora, em meio à pobreza, à injustiça e desvalorização da pessoa humana. Ela aprendeu a enfrentar as adversidades do dia a dia com tranquilidade, e alimentava a sua esperança na fé em Deus, ou seja, tinha por base a paciência confiante n’Ele.

Alguns momentos da vida de Maria
Maria com José partem para Nazaré e Belém para se alistarem a pedido do Imperador César Augusto. Com o Filho prestes a nascer, eles batem de portas em porta em busca de uma hospedaria, mas encontram somente lugar numa gruta. Imaginemos o que foi para uma mãe ver o filho nascer nessas condições! Quanta paciência precisou ter, esperar alguém de boa vontade que os pudesse acolher. (cf. Lc 2,1-7)


Maria, na apresentação de Jesus no Templo, ouviu a profecia de Simeão: uma espada transpassaria a sua alma (cf. Lc 2,23-35).
Passados os anos de Jesus ter realizado a Sua missão, Ele foi condenado à morte, sofreu o martírio mais cruento da história. Sem nenhuma culpa, sofreu as dores da humanidade no Seu corpo: “Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena.” (cf. Jo 19,25)
Embora sofrendo as dores do Filho, ela encontrou fortaleza em Deus, fruto da paciência arraigada pelas durezas que a vida lhe proporcionou: “Mas é preciso que a paciência efetue a sua obra, a fim de serdes perfeitos e íntegros, sem fraqueza alguma” (cf. São Tiago 1,4).


Colocar em prática
Como Maria somos chamados a entrar na escola da paciência, procurando suportar os acontecimentos da nossa vida com esperança e serenidade, sabendo em Deus esperamos, pois Ele é o Senhor sobre todas as coisas.
A paciência, de modo concreto, faz-nos saber esperar o momento adequado para partilhar o que pensamos, para intervir, para agir e também saber enfrentar os sofrimentos.
A virtude da paciência exige de nós a capacidade de saber esperar e de aguentar as contrariedades da vida. Ser paciente é também não agir no imediatismo, mas sim dar um passo após o outro, levantar-se e estar disposto a sempre recomeçar.
Ter paciência consigo mesmo e ser paciente com o outro é sinal de maturidade, é dar ao outro o direito do tempo que cada um precisa para responder às situações da vida.

Por Nilza e Gilberto Maia, via Canção Nova

 

A paciência é a melhor maneira de vencer.

(Santo Antônio de Pádua)


Como praticar a virtude da paciência?

Você já ouviu falar da virtude da paciência? Consegue aplicá-la no seu dia?

Caro(a) leitor(a), a virtude da paciência é o caminho que nos leva ao amor para com Deus, o amor de si e para com o outro, e não significa ficarmos parados. Mesmo quando as coisas não saem como esperamos, precisamos ter a ousadia de confiarmos nAquele que pode ao mesmo tempo nos mover, nos acalmar e fazer tudo mudar.

Você deve estar se perguntando: como eu consigo adquiri-la? Eu te respondo: Deus não apenas nos deu a paciência como palavra, mas também a inseriu como uma virtude. Se Ele nos deu, nós portamos o chamado para exercê-la, porém a graça vem somente por Ele.

Sei que a correria do seu cotidiano faz com que, às vezes, você se sinta estressado(a), desanimado(a) ou ansioso(a) e agitado(a), mas, mesmo se sentindo assim, você precisa ir em busca dessa graça e descobrir que você não está sozinho, o próprio Deus te conduz.

Diante dessa certeza eu venho te dizer:
Não perca tempo, não deixe para depois! Deus quer derramar bênçãos na sua vida hoje, te transformar através desse conceito. O que você está esperando para ir buscá-lo?
Anime-se! Você porta o chamado da graça.

Como adentrar nessa virtude?

Caro(a) leitor(a): é importante primeiramente saber que a palavra paciência é derivada do latim: patientia, que significa a capacidade de suportar os males, a faculdade de resistir sem desistir.

Entretanto, nós só conseguimos realizar algo se conhecemos do que se trata, correto? Mas como conhecemos se não nos relacionamos? Por isso é necessário que você insista nessa proposta desafiadora e se empenhe para, além de conseguir se relacionar, gerar frutos.

Gostaria de apresentar a você três Santos que não só portaram a graça, mas a exerceram. Se tornaram testemunho do que é ter uma vida gerada na paciência e no amor.

Descrevendo os fatos…

“Santa Mônica: foi entregue pela sua família cristã para se casar com Patrick. Um homem pagão, grosseiro, rude e violento. Desse casamento foram gerados três filhos, um deles Santo Agostinho (Doutor da Igreja). Porém, até a sua conversão, ele se comportava de modo promíscuo, tinha muitos vícios e pecados. Santa Mônica, preocupada com a conversão da família, rezou incessantemente para a conversão dos dois. Primeiramente para o seu marido, que veio a se converter um pouco antes de falecer, e pela conversão e batismo do seu filho Agostinho, que só aconteceu quando ele completara 33 anos de idade.”  (Confissões).

“Santa Terezinha (Doutora da Igreja): vivia no Carmelo. Havia uma irmã nesse Carmelo, que era chata com todas as irmãs, inclusive com ela. Ninguém a suportava, até mesmo Santa Terezinha, mas mesmo não a suportando, foi se esforçando em agradá-la e, ao invés de desprezá-la, insistia nela, e foi entregando cada momento com essa irmã em sacrifício a Deus, a tal ponto que as coisas que essa irmã fazia não mais a incomodavam, e essa irmã foi se sentindo amada por Santa Terezinha e a mesma passou a gostar dela.” (História de uma alma).

“São Francisco de Sales. Tornou-se padre e desde cedo fez um voto de castidade e viver a vontade de Deus, mas ele tinha um temperamento forte e difícil de dominar. Quando faleceu, foram achadas marcas de unha em sua mesa, a qual estava toda arranhada. Ele dizia que preferia arranhar a mesa a ser grosseiro e não responder com amor e mansidão às pessoas.” (Tratado do amor de Deus).

Paciência, Ação e Caridade.

Caro(a) leitor(a), observe que Santa Mônica não só rezou; ela ofereceu a vida pelos seus. Ela insistiu neles através da oração diária, depositando a sua fé e confiança em Deus. Note que ela não teve um desespero, uma ansiedade, ela não saiu atropelando as coisas, ela esperou.

Você consegue perceber que essa espera tem um nome chamado paciência? Que só poderia ser dada pelo bom Deus, que a escutava, enxugava as suas lágrimas. Ele não a deixava desistir; por mais que as tribulações viessem, o coração dela estava em paz, ou seja, em Deus. É nisso que a virtude da paciência consiste: depositar não somente a sua vida a Deus, como também a vida dos seus.

Enquanto Santa Mônica rezava pelas pessoas que ela tinha como família e que amava, Santa Terezinha colocava em prática a outra beleza da virtude. Rezava por aquela que não era da sua família, que se comportava mal e não a queria bem. Nesta ação, ela alcança a graça através do amor. Perceba que ela nos ensina que a caridade desta virtude está em rezar por aqueles que não merecem, aceitando-os da forma que eles são e se comportam e passando assim a amá-los.

Por outro lado, São Francisco de Sales vem mostrar o que é ter uma vida transformada na paciência, na fé, no amor, e o que consiste em tudo fazer a vontade de Deus. Através do seu temperamento difícil, conseguimos perceber que, com o tempo, Deus foi agindo nele, a tal ponto que, ao invés dele responder mal a alguém, ele descontava sua raiva na mesa. Dominação de Deus em si, nos seus sentimentos, ações e palavras.  A virtude aqui consiste em adentrar a sua identidade, aceitando a vontade de Deus, e se dar ao outro como dom.

Portando a graça e exercendo o dom.   

Caro(a) leitor(a), após ler e aprender com a vida dos santos, chegou a hora de colocar em prática esse aprendizado, na sua vida e na vida do outro. Peça ao Espírito Santo que te faça nascer e renascer da água do Espírito, jogando tudo o que é velho fora e te transformando em um novo ser, gerado por Deus.

Se você não incluía nas suas orações a virtude da paciência, passe, a partir de hoje, a clamar a Deus por ela, trazendo para os acontecimentos do seu dia seus sentimentos, emoções, ações e reações.

Faça uma reflexão e uma oração sincera, seja claro e exponha a Deus as situações em que você não conseguiu exercer a paciência para com as pessoas ou você mesmo, ou ficou cobrando Deus por suas demoras.

Acredite! Quando você consegue ter um coração grato a Deus e se abandonar Nele, por mais que as coisas demorem, saiam dos seus planos, ou você passe por momentos difíceis, o seu coração continuará em paz. Você não sairá resolvendo as coisas por impulso, pois confiará Naquele que age.

Pratique a paciência através do amor para com você e os outros, reze por você, pelos outros, pelos seus inimigos e transforme-a em caridade, se doando em sacrifício do amor, da dependência e da obediência para com Deus.

Tenha fé e lembre-se:

“Nada te perturbe, Nada te espante,
Tudo passa, Deus não muda.
A paciência tudo alcança.
Quem a Deus tem, Nada lhe falta;
Só Deus basta. ” (Santa Tereza de Ávila)

Deus lhe abençoe.

Carla Gaspar
Postulante da Comunidade Católica Pantokrator

 

Nada te perturbe; nada te espante. Tudo passa. Só Deus não muda; a paciência tudo alcança.” (Santa Teresa D’Ávila) 

Agradeço sua visita. Deus seja louvado por sua vida!