“soberana rainha”

Com Maria, vivemos sob o manto divino

Na encíclica Marialis Cultus, Paulo VI declara que Maria é a medianeira de todas as graças. Jesus é a fonte divina das graças e de todos os bens que Deus concede à humanidade. Sem a vida divina, os seres humanos são inertes, sem vida. Deus é o autor de nossa existência, mas sobretudo é a vitalidade de nossa existência. A presença divina na história de nossas vidas se realiza exclusivamente por Jesus Cristo, o verdadeiro santo e o verdadeiro sacerdote da aliança perene de Deus com a humanidade.

Deus realiza, no entanto, seus projetos com a participação de seus santos, os quais são embaixadores de seu reino no mundo. Entre tantos embaixadores, a ação de Maria é a mais sublime. Ela nos convida para servir e amar a Deus em nossas vidas e garante, como recompensa, a presença de Deus em nosso coração. Maria é nossa grande medianeira; por isso, nós agradecemos pelas graças divinas que recebemos por sua intercessão maternal. São infinitas as graças que recebemos de Deus por suas mãos maternais e, por isso, são infinitas as graças que prestamos ao seu amor infinito de mãe e de companheira da humanidade peregrina.

Maria é a rainha do reino de Deus. Uma rainha diferente de nossas imagens de rainhas deste mundo, rainhas de vaidades e adornos exteriores. As manifestações e os ícones de Maria externam simplesmente os sentimentos dos devotos marianos, que a embelezam com adornos, representados em pinturas, em esculturas e em versos literários de grande beleza poética. Maria, como figura de rainha do reino de Deus, transcende todas essas representações iconográficas. As representações são manifestações de nossos sentimentos humanos, em que aproximamos a mãe de Deus das mais formosas rainhas de nossas tradições monárquicas. Maria permanece para sempre simples e singela, nos trajes de uma mulher peregrina e delicada, com as roupas de nossas mães e das mulheres de nossa gente humilde.

A grande rainha está no seu espírito e no seu coração. Maria permanece a mulher de Nazaré e é em seu coração que se revelam a força e o poder de mãe de Deus. Sua grandeza espiritual não necessita de expressões exteriores para se revelar. Maria é uma rainha cujo trono não é esculpido em madeiras e tecidos nobres nem em metais preciosos. Seu trono é o coração dos fiéis de seu Filho. Suas vestes não são roupas tecidas em sedas valiosas, adornadas de pedras preciosas. A beleza de suas vestes vem de sua beleza espiritual e a preciosidade de suas vestes nasce de suas virtudes. Sua realização não consiste em ter servos e ser tratada como uma “senhora” por seus humildes servos. Ela prefere fazer-se serva de todos e socorrer seus filhos e filhas na aflição e em suas necessidades.

No reinado de Deus, os súditos de Maria se tornam seus filhos mais queridos. Ela é a soberana rainha de um reino, onde reinar significa amar e onde todas as guerras são movidas pelo perdão e pela realização do bem para todos os povos. O reino de Deus é um modelo para os reinos deste mundo, sedentos de dominação, de manipulação, e marcados pela corrupção e pela vaidade. Maria nos aponta para um reino de misericórdia e de humanidade. A “soberana rainha” é o modelo para que o exercício da autoridade, tanto na sociedade civil como na Igreja, seja serviço e generosidade e nunca mais se fortaleça pela prepotência e pela dominação.

Maria inaugura o reinado do amor e da generosidade. Deus a engrandeceu por sua simplicidade; e ela, estando segura de seus dons espirituais, não se agarra à força de seus poderes para dominar os povos. Ela governa pelo serviço e pelo amor como os pais governam os filhos, os ministros da Igreja governam os fiéis e os governantes devem governar o mundo: pela dedicação e pelo serviço.

Maria é a rainha do mundo, modelo de reinado para todos os poderes e para todos os fiéis. Celebrar Maria como rainha significa colocar-se sob seu manto de proteção. Como rainha do reino de amor de Jesus Cristo, Maria é a alegria de todos os filhos desse reino e garante para a comunidade desse reinado uma vida longa e cheia de alegria. Maria é rainha do reino da alegria e da felicidade. Um modelo para todos os reis de nossa sociedade.

Fonte: Nos Passos de Maria/Pe. Antonio S. Bogaz – Paulinas

Vídeo de Formação

PERFEITO AMOR

Virgem Maria dulcíssima, Esposa do Espírito Santo

Mãe de Deus, dos homens e da Igreja, e Esposa do Espírito Santo, rogai por nós!

Após haver lançado suas raízes numa alma, Maria opera maravilhas de graça nesta alma, maravilhas que só Ela pode produzir, pois só Ela é a Virgem fecunda que tem sido e será, sempre, sem igual em pureza e fecundidade.

Maria produziu, com o Espírito Santo, a maior maravilha de quantas existiram ou existirão: o Homem-Deus. Produzirá ainda, conseqüentemente, as coisas mais admiráveis que hão de existir nos últimos tempos. A formação e educação dos grandes santos, que hão de vir no fim do mundo, estão-lhes reservadas, pois só esta Virgem singular e miraculosa pode produzir , em união com o Espírito Santo, coisas singulares e extraordinárias. (35)

Tendo-a encontrado numa alma, o Espírito Santo, seu Esposo, voa para lá, entra plenamente e comunica-se, profusamente, a essa alma, e na mesma medida em que ela dá lugar a Maria. Uma das grandes razões por que o Espírito Santo não opera, agora, maravilhas retumbantes nas almas, é que não encontra nelas uma união bastante íntima com a sua fiel e indissolúvel Esposa. (36)

São Luís Maria Grignion de Montfort

Traité de la Vraie Dévotion à la Sainte Vierge (Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem) n° 35 e 36

 

Oração à Nossa Senhora de Lourdes

Ó Virgem puríssima, Nossa Senhora de Lourdes, que vos dignastes aparecer a Bernadette, no lugar solitário de uma gruta, para nos lembrar que é no sossego e recolhimento que Deus nos fala e nós falamos com ele, ajudai-nos a encontrar o sossego e a paz da alma que nos ajudem a conservar-nos sempre unidos a Deus.
Nossa Senhora da gruta, dai-me a graça que vos peço e tanto preciso (pedido).
Nossa Senhora de Lourdes, rogai por nós.
Amém.

 

Oração do silêncio

Senhor cala em mim todas as vozes do mundo… Porque tudo me fala… Mesmo aquilo que não vejo e até desconheço… Cala em mim, Senhor, as vozes do orgulho e da soberba, pecados horrendos que deformam as almas… Cala em mim as vozes da imaginação fútil e dos pensamentos vãos… Cala, Senhor, as vozes da ilusão e da solidão… As vozes da impureza e das incertezas e as outras vozes que não fazem sentido… Porque só servem às acusações e castigo para a culpabilidade que é tanta… Por isso, peço-te, ó Senhor, do mais profundo silêncio de minha alma… Fale-me a voz do Teu perdão que me traz absolvição e a graça que me refaz… Fale-me a voz de Tua paz que pacifica todo o meu ser, fazendo-me viver sem confusão alguma… Por fim, fale em mim, Senhor, a voz do Teu Silêncio Sagrado… Que é ternura de um Deus apaixonado; Que nos livra da morte e do pecado; Sacrificando-se pela nossa salvação… Ah! Senhor! Abre os ouvidos de nossas almas como abristes o entendimento dos discípulos de Emaús…

E faz com que vivamos em tal sintonia com a harmonia do Teu Silêncio. Que tenhamos o mesmo entendimento da Vontade do Pai para a nossa vida, como tiveste ao carregar e morrer naquela cruz.

Senhor, que aprendamos com o Silêncio de Maria, a Tua e nossa Santa Mãe, a silenciar também… Ela, que Te guardava em seu coração, soube acolher com devoção a vontade silenciosa do Pai, que por Ti nos deu a Verdadeira Paz… Definitivamente.

Amém!