E na pascoa eu lembrei dele!
São João Paulo II.
E do poema dele que mais gosto!
A ESPERANÇA QUE VAI ALÉM DO FIM
NADZIEJA, KTÓRA SIEGA POZA KRES
No tempo certo,
A esperança se eleva de todos os lugares sujeitos a morte
A esperança é o contrapeso
Nela o mundo que morre, revela a vida de novo
Nas ruas as pessoas com casacos curtos e com cabelos caídos no pescoço
Cortam com a lâmina do passo o espaço do grande mistério
Que em cada um deles se estende entre morte e esperança
Um espaço que flui para o alto, como a pedra de luz solar
Revirada ao ingresso do sepulcro
Neste espaço, a mais perfeita medida do mundo
Tu és.
Então tem um sentido
Escorregar na tumba, passar para a morte.
Desfazer-me no pó de repetíveis átomos para mim é parte da tua Páscoa.
Sou um viandante na estreita calçada da Terra.
No meio correm carros, saem foguetes interplanetários
Em toda parte um motor centrífugo
O homem, única lasca do mundo que tem um modo diferente.
Sou um viandante da estreita calçada da Terra.
E não desvio o pensamento do teu rosto que o mundo não me revela
Mas a morte é uma experiência final
E tem um sabor de aniquilamento com a esperança arranco dela o meu eu,
Tenho de arranca-lo e superar, assim, o aniquilamento.
Então, em volta levantou-se gritos, levantar-se-ão de novo:
“És louco, Paulo! És louco!”
E contra mim mesmo e contra uma multidão luto pela minha esperança
Em mim não a sustem nenhuma camada de memória
No espelho no qual tudo passa não encontro um reflexo
Mas somente na tua passagem pascoal
A qual se liga a inscrição mais profunda do meu ser
E assim, me inscreve em Ti a minha esperança.
Fora de Ti não posso existir.
Quando alço o meu eu acima da morte,
Extirpando de um solo de extermínio,
Isto acontece,
Porque ele está em Ti
Como no corpo que desdobra a sua potencia sobre cada corpo humano
E renova o meu eu
Colhendo de um chão de morte em figura diferente, embora tão fiel
Onde o corpo da minha alma e a alma do meu corpo voltam a se juntar
Fundando na palavra “eternamente” a vida antes fundada na Terra
Esquecendo todas as ânsias
Como ao levantar-se
No coração de um improviso vento
Ao qual nenhum homem vivente pode resistir
Nem as copas dos bosques
nem embaixo as raízes que se racham
O vento movido pela tua mão
Torna-se silencio.
Os átomos do antigo homem fazem compacta
a gleba primordial do mundo
Que eu alcanço com a minha morte
Enxerto-os em mim definitivamente
Para transforma-los na tua páscoa
Que é a tua passagem.
Por isso eu te sigo peregrino do amor!
Senhor,
quando busco seguir os passos daqueles que me envias para me formar.
Olho seus passos, e as vezes tenho medo.
Porque se eles seguem Seus passos,
e o peso deste mundo tornam as pegadas profundas.
Tão profundas, que fico insegura de pisa-las,
e não me sustentar de pé.
Sempre esqueço…
Que as pegadas são Suas!
Pisastes primeiro!
E me chamas:
Vem!!!
(Sol)
O amor explicou cada coisa.
O amor resolveu tudo para mim.
É por isso que admiro o amor
onde quer que se encontre.
Se o amor é tão bom e simples…
Se sentimos saudade e nostalgia…
Então eu entendo por que Deus
aprecia as pessoas simples…
Cujos os corações são puros
mas não sabem expressar o amor.
Deus veio de longe…
E Ele parou
a um passo do vazio…
perto de nossos olhos.
Talvez a vida seja uma onda de surpresas…
Uma onda maior do que a morte.
Não tenha medo. Nunca!
(João Paulo II).
Não sou nada, eu bem sei
Tão pequeno, um grão de areia em tuas mãos
Barco à vela que se abandona
Segue o rumo e vai buscando o alto mar
Assim me encontro diante de ti
Um Deus imenso que por amor se deixa alcançar
Te adorarei, meu Deus, enquanto eu existir
Proclamarei as maravilhas que fizeste em mim
O teu calor me envolve, o teu olhar me acalma
E em teus braços o teu amor
Inflama minha alma
Que posso mais dizer se o coração já disse
Te amo! —
Não tenha medo de ser louco por Jesus!
Porque muitos que chamaram de loucos,
se tornaram santos!
(Sol)