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“Eu creio e, por isso, falei”

 

Salmos 126(125),1-2ab.2cd-3.4-5.6.

Quando o Senhor mudou o destino de Sião,
parecia-nos viver um sonho.
A nossa boca encheu-se de sorrisos
e a nossa língua de canções.
 
Dizia-se, então, entre os pagãos:
«O Senhor fez por eles grandes coisas!»
«O Senhor fez por eles grandes coisas!»
Sim, o Senhor fez por nós grandes coisas;
 
por isso, exultamos de alegria.
Transforma, Senhor, o nosso destino,
como as chuvas transformam o deserto do Négueb.
Aqueles que semeiam com lágrimas,
 
vão recolher com alegria.
À ida, vão a chorar,
levando as sementes;
à volta vêm a cantar,
 
trazendo molhos de espigas.
 

salmo126

 

S. Tiago, apóstolo – Festa
Comentário do dia
São Basílio (c. 330-379), monge, bispo de Cesareia na Capadócia, doutor da Igreja
Homília sobre o salmo 115, §4.
 
«Podeis beber o cálice que Eu estou para beber?»
 
«Como retribuirei ao Senhor?» (Sl 116,12). Nem com sacrifícios nem com holocaustos, nem com a observância dos preceitos da lei, mas com toda a minha vida. E é por isso que o salmista diz: «Elevarei o cálice da salvação» (v. 13). Os trabalhos que sofreu nos combates da sua devoção filial a Deus e a constância pela qual resistiu ao pecado até à morte, a isso chama o salmista o seu cálice.
 
cruz ...imagesÉ a propósito desse cálice que o próprio Senhor Se exprime assim no Evangelho: «Meu Pai, se é possível, afaste-se de Mim este cálice» (Mt 26,39); e aos seus discípulos: «Podeis beber o cálice que Eu estou para beber?» Com isto queria referir-Se à morte que iria sofrer pela salvação do mundo.
Por isso diz: «elevarei cálice da salvação», isto é, todo o Meu ser se lança sedento para a consumação do martírio, a ponto de achar os tormentos sofridos nos combates do amor filial um repouso para a alma e para o corpo, e não um sofrimento. «Oferecer-Me-ei ao Senhor», diz, «como um sacrifício e uma oblação». […] Estou pronto para testemunhar essas promessas perante todo o povo: «Cumprirei as minhas promessas feitas ao Senhor na presença de todo o seu povo» (v. 14).
 
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… para dar sua vida… (Mt 20,20-28)

 

Na festa do apóstolo São Tiago (maior), irmão de João – filhos de Zebedeu -, a liturgia vem chamar nossa atenção para a participação do discípulo na mesma missão do Mestre. Assim como Jesus deu sua vida pelo mundo, também Tiago pode sacrificar-se pelo Evangelho. No livro dos Atos dos Apóstolos, São Lucas registra que Tiago morreu pela espada, a mando de Herodes. (At 12,2.)
 
Mas o Evangelho de hoje nos apresenta o contraste entre a glória terrena e o “cálice” de Jesus. A Mãe de João e Tiago fez o papel de porta-voz dos filhos; pediu para eles uma posição de honra especial quando Jesus viesse a estabelecer o seu novo reino. Sinal claro de que ainda sonhavam com um “reino” material, político e social, que suplantaria mesmo o brilho dos tempos de Salomão.
 
Jesus responde-lhes com outra pergunta: “Podeis beber o cálice que eu hei de beber?” Ora, de que “cálice” ele está falando? Trata-se de uma expressão figurada: a “copa” (ou “cálice”) representa o sacrifício, pois nela se recolhia o sangue dos animais oferecidos no Templo da Primeira Aliança. O cálice supõe uma vítima, cujo sangue é aspergido sobre a assembleia em um ritual de purificação.
 
Por várias vezes, Jesus se refere ao seu “cálice” (Jo 18,11; Mt 26,39), imagem de seu batismo de sangue, que sofreria no Calvário. Caberia também aos Apóstolos a oportunidade de sofrer perseguições e até o martírio, testemunhando a fé com a própria vida.
 
Por ora, a pretensão dos dois irmãos provoca ódio e ciúme dos companheiros, pois a ânsia de glória e de sucesso estabelece a competição e leva à fratura da unidade. Futuramente, ao imitarem seu Mestre com uma vida de serviço à Igreja, de total dedicação a seu rebanho, acharão a unidade no comum martírio.
 
De fato, a “comunhão” não se refere a uma “comum-união”. Em sua raiz latina, a palavra “communio” tem dois mm: um do prefixo (com) e outro do termo múnus (tarefa), para mostrar que só entramos em comunhão quando assumimos nossa tarefa comum. Se o trono os separava, o Evangelho, a cruz e a espada haveriam de uni-los para sempre no mesmo amor e na mesma fé.
 
Por que temos caminhado com Jesus? Pela glória ou pela cruz?
 
Orai sem cessar: “Para mim, o viver é Cristo e o morrer é lucro.” (Fl 1,21)
 
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
 
 
viver pra mim e cristo
 
 

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Meditando o evangelho

Partimos, hoje, de uma afirmação de Jesus que nos permite penetrar no seu coração, conhecer as suas disposições mais profundas: “o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para resgatar a multidão” (v. 28). Jesus tem consciência de ser o Filho imolado por amor, para redenção dos irmãos.
Vive conscientemente e decididamente a espiritualidade do Servo de Javé, a espiritualidade do Cordeiro imolado.
E não fica por belas palavras ou ideais meramente românticos.
A sua espiritualidade “vitimal” ou, se preferirmos, “oblativa” até à imolação concretiza-se no “serviço” vivido no total despojamento de si mesmo e em plena confiança no Pai. É o Servo de Deus, mas também o servo “de muitos”, isto é, de todos aqueles que o Pai lhe confiou como irmãos, oprimidos pelo pecado mas abertos ao dom da libertação.
 
Recebeu das mãos do Pai o cálice da paixão, e bebeu-o até à última gota, até à morte de cruz, entregando-se confiadamente nas mãos do Pai.
Os Apóstolos também “beberam o cálice do Senhor, e tornaram-se amigos de Deus”, como diz a antífona da comunhão da festa de S. Tiago inspirada em Mt 20, 22-23. Foi esta a glória dos Apóstolos, e concretamente a de Tiago, que esperava outra bem diferente, quando decidiu seguir Jesus. Quem está com Jesus só pode aspirar a uma glória semelhante à d´Ele: a de participar na sua cruz, nos seus sofrimentos, em profunda união com Ele, em favor de muitos.
 
 
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Oração

Senhor Jesus, tu és o Filho de Deus Pai que vives e manifestas a tua submissão numa total disponibilidade.
Tu és a Palavra que ilumina o nosso caminho:
o que dizes vale para ti e vale para nós, e para todos os que livremente te escolheram como Senhor e Mestre.
Viveste o teu martírio em todos os momentos da tua vida na terra.
Quem te conhece sabe que, para ti,
ser servo significa viver tudo por Deus e tudo pelos irmãos.
É a “lei real”, de que fala na sua carta, o teu apóstolo Tiago.
Enche-me do teu Espírito, para toda a minha vida se torne uma oblação santa e agradável ao Pai, pelos homens.
Ámen.
 
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viver pra mim e cristo 2

 

 

Contemplando o evangelho

Tiago e João, Pedro e André eram muito afetuosos, muito amigos para com Nosso senhor, sobretudo os três primeiros.
Eram os discípulos do Sagrado Coração, os amigos de Jesus.
Por isso, Nosso Senhor os tinha sempre junto de si. Eram os seus íntimos, os seus confidentes. Muitas vezes os tomava à parte e lhes dava uma confiança que não dava aos outros. Para a ressurreição da filha de Jairo, a exclusão dos outros é fortemente assinalada no Evangelho.
 
S. Marcos diz: «Jesus não permitiu a nenhum dos seus discípulos que o seguisse, exceto Pedro, Tiago e João, irmão de Tiago».
S. Lucas diz: «Não permitiu a ninguém entrar na casa com os pais, exceto Pedro, Tiago e João» (8, 51). Para a transfiguração, S. Mateus (17, 2) e S. Marcos (9, 1) dizem-nos: Jesus tomou à parte Pedro, Tiago e João, sozinhos consigo, e levou-os à montanha para rezar.
 
O privilégio é ainda acentuado. No repouso do Monte das Oliveiras, diante de Jerusalém, da qual Nosso Senhor predisse a destruição, tem alguns privilegiados sentados junto de si. E era sem dúvida normalmente assim. Estes tinham os seus segredos. Interrogavam-no em segredo, secretamente, diz S. Mateus (24, 4) à parte, separadamente, diz S. Marcos (13, 3); mas quem eram estes quatro privilegiados?
S. Marcos dá-nos os seus nomes. Era Pedro, Tiago, João e André.
Na Ceia, Pedro, João e Tiago estavam sentados junto de Jesus.
 
Se eu pudesse pelo meu amor e pela minha fidelidade merecer ser um verdadeiro discípulo do Sagrado Coração!
Para o Getsémani, S. Mateus (26, 36) e S. Marcos (14, 33) dizem-nos: «Jesus deixou os seus discípulos à entrada do jardim, mas tomou consigo Pedro, Tiago e João».
Os outros não estavam suficientemente formados para suportarem sem escândalo o espetáculo da agonia, mas estes três fizeram um melhor noviciado, foram tão dóceis e tão afetuosos! (L. Dehon, OSP 3, p. 311-312).
 
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AMIGOS DE JESUS
 
 

 

 

Primeira leitura: Segunda Coríntios 4, 7-15

 

Irmãos: Nós trazemos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que se veja que este extraordinário poder é de Deus e não é nosso.
Em tudo somos atribulados, mas não esmagados; confundidos, mas não desesperados;
perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não aniquilados.
Trazemos sempre no nosso corpo a morte de Jesus, para que também a vida de Jesus seja manifesta no nosso corpo.
Estando ainda vivos, estamos continuamente expostos à morte por causa de Jesus, para que a vida de Jesus seja manifesta também na nossa carne mortal.
Assim, em nós opera a morte, e em vós a vida.
Animados do mesmo espírito de fé, conforme o que está escrito: Acreditei e por isso falei, também nós acreditamos e por isso falamos,
sabendo que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus, também nos há-de ressuscitar com Jesus, e nos fará comparecer diante dele junto de vós.
E tudo isto faço por vós, para que a graça, multiplicando-se na comunidade, faça aumentar a acção de graças, para a glória de Deus.

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A liturgia aplica literalmente ao apóstolo Tiago o que Paulo diz a partir da sua própria experiência: “Trazemos sempre no nosso corpo a morte de Jesus” (10ª). Há uma mensagem que começa em Jesus, passa de Jesus a Paulo, de Paulo a Tiago e assim sucessivamente, ao longo da história, formando uma corrente de testemunhas, ou melhor, de “mártires” no sentido próprio do termo. Quem recebe a graça de derramar o sangue por amor de Cristo e dos irmãos, pode dizer, com verdade, que leva em si a morte de Cristo. Mas também o pode dizer quem vive serenamente a radicalidade evangélica no seu dia-a-dia. A Palavra do “mártir” é significativa e eficaz porque, à eloquência da palavra, junta a do sangue derramado.

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FORMAÇÃO (linda!)
Padre Evaristo Debiasi conduz uma profunda reflexão sobre práticas tradicionais,
orações e devoções da Igreja Católica, relacionadas à atualidade.
 
BARRA ROSAS VERM

Irmãos, trazemos esse tesouro em vasos de barro, para que todos reconheçam que este poder extraordinário vem de Deus e não de nós.
(Coríntios 4, 7)

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interrogacaoSabe qual a frase que mais tocou meu coração na meditação do dia de hoje?

 

“Eu creio e, por isso, falei”

2 Cor. 4,13

 

meu tudo

 

 

PARA QUE POSSAIS RESISTIR NOS DIAS MAUS!

ARMADURA efesios

Tomai, portanto a armadura de Deus
Para que possais resistir nos dias maus
E estardes inabaláveis no cumprimento
Do vosso dever!!!
 

armadura_de_Deus

 

 

Espero Por Você

Todo dia eu espero por você,
Todo dia você passa sem me perceber,
Será que não percebe que eu estou aqui,
De braços abertos sempre aqui…

olhar entendas