Arquivo do dia: 16/09/2016

“Os doze estavam com ele, assim como algumas mulheres”

 

 

João Paulo II
Mulieris Dignitatem, § 16

“Os doze estavam com ele, assim como algumas mulheres”

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O fato de ser homem ou mulher não comporta nenhuma limitação, tal como não limita em absoluto a acção salvífica e santificante do Espírito no homem o fato de ser judeu ou grego, escravo ou livre, segundo as palavras bem conhecidas do apóstolo: «todos vós sois um só em Cristo Jesus» (Gál 3, 28).

Esta unidade não anula a diversidade. O Espírito Santo, que opera essa unidade na ordem sobrenatural da graça santificante, contribui em igual medida para o fadto de que se «tornem profetas os vossos filhos» e se tornem prof etas «as vossas filhas» (Jl 3,1). «Profetizar» significa exprimir com a palavra e com a vida «as grandes obras de Deus» (cf. At 2, 11), conservando a verdade e a originalidade de cada pessoa, seja homem ou mulher.

A «igualdade» evangélica, a «paridade» da mulher e do homem no que se refere às «grandes obras de Deus», tal como se manifestou de modo tão límpido nas obras e nas palavras de Jesus de Nazaré, constitui a base mais evidente da dignidade e da vocação da mulher na Igreja e no mundo. Toda vocação tem um sentido profundamente pessoal e profético.

Na vocação assim entendida, a personalidade da mulher atinge uma nova medida: a medida das «grandes obras de Deus», das quais a mulher se torna sujeito vivo e testemunha insubstituível.

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João Paulo II
Mulieris dignitatem

“Os doze acompanhavam-no, bem como algumas mulheres”

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Na história da Igreja, desde os primeiros tempos, havia, ao lado dos homens, numerosas mulheres para quem a resposta da Igreja-Esposa ao amor redentor do Cristo-Esposo era compreendida com toda a sua força expressiva.

Em primeiro lugar, vemos aquelas que tinham encontrado pessoalmente Cristo, que o tinham seguido e que, após a sua partida, “eram assíduas à oração” (Act 1,14) com os apóstolos, no Cenáculo de Jerusalém, até ao dia de Pentecostes.

Nesse dia, o Espírito falou através “dos filhos e das filhas” do Povo de Deus (Act 2,17; Jl 3,1)… Essas mulheres, e outras mais tarde, tiveram um papel activo e importante na vida da Igreja primitiva, nas comunidades seguintes, graças aos seus carismas e às suas múltiplas maneiras de servir…

O apóstolo Paulo fala das suas “fadigas” pela causa de Cristo: mostravam os diversos domínios do serviço apostólico na Igreja, começando pela “Igreja doméstica”. Com efeito, “a fé sem desvio” passa aí da mãe aos filhos e aos netos, tal como se passou em casa de Timóteo (2 Tm 1,5).

O mesmo se renova no decurso dos séculos, de geração em geração, tal como mostra a história da Igreja.
Na verdade, a Igreja, ao defender a dignidade da mulher e a sua vocação, manifestou gratidão e honrou aquelas que, fiéis ao Evangelho, participaram em todo o tempo na missão apostólica de todo o Povo de Deus.
Santas mártires, virgens, mães de família deram testemunho da sua fé com coragem e também, pela educação dos seus filhos no espírito do Evangelho, transmitiram a fé e a tradição da Igreja…

Mesmo perante graves discriminações sociais, as santas mulheres agiram com liberdade, fortes na sua união com Cristo…

Ainda nos nossos dias, a Igreja não cessa de se enriquecer graças ao testemunho de numerosas mulheres que realizam a sua vocação à santidade.

As santas mulheres são uma incarnação do ideal feminino; mas são também um modelo para todos os cristãos, um modelo de “sequela Christi” , do que é a vida no seguimento de Cristo, um exemplo da forma com o a Igreja-Esposa deve responder com amor ao amor d o Cristo-Esposo.

(Referências bíblicas : Mc
3,14-15 ; Lc 2,36-38 ; Jo 4,1-39;
Mc 7,24-30 ; Mt 9,20-22 ; Lc
7,36-50 ; Mt 13,33 ; Lc 15,8-10 ; Lc 18,1-18 ; Lc
1,42 ; Lc 1,45 ; Jo 2,25 ; Jn 19,25-27 ; Lc
8,2-3 ; Mt 27,56.61; Mc 15,40 ; Jo 20,1.11-18

http://www.diocesecruzeirodosul.org

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Mulheres santas

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Gostaria de iniciar com vocês um caminho junto as ‘Mulheres Santas’ de nossa Igreja e as ‘Mulheres da Bíblia’. Vamos conhecer o testemunho de algumas delas e buscarmos com humildade imitá-las, para desta forma melhor agradar a Deus.

Primeiramente gostaria que guardássemos esse principio: É Deus quem nos torna santos, é a graça de Seu Espírito Santo em nós.

Por isso recebemos o batismo. Fomos mergulhados na Santíssima Trindade, e recebemos o Pai, o Filho e o Espírito Santo. A Trindade habita dentro de nós, em nosso coração na maneira figurativa de dizer, mas é em nossa alma que se esconde. E por essa graça recebida somos habitáculos de Deus, e o céu começa em nós.

É uma pena que em nosso mundo e em nosso tempo muitos se afastaram da verdade que é Deus e mesmo sendo batizados, ofuscaram a graça atuante de Seu amor.

Deus dá o livre arbítrio a todos sem exceção. Ele não invade nosso íntimo, e é dessa forma que podemos acolhê-lo em nossa vida ou O colocarmos fora dela.

Assim, as mulheres que nos servem de exemplo de santidade, dignas de serem citadas na Bíblia ou consideradas santas e até doutoras da Igreja, são mulheres que escolheram dia após dia acolher a Trindade em seus corações e unidas a esse ‘amor’ divino serem portadoras e transmissoras dessa graça.

E lembre-se que mesmo as que são citadas no Antigo Testamento traziam Deus em seus corações, Deus que é a Trindade, pois a Trindade sempre existiu.

Agora iniciemos o caminho proposto de conhecer e buscar os exemplos dessas mulheres de Deus.

santa monica2 Iniciemos por Santa Mônica, celebrada em toda Igreja no dia vinte e sete de agosto: Santa Mônica -esposa, mãe e viúva, a descrição na liturgia deste dia diz assim: “Mônica (Argélia, 331-387), mãe de Santo Agostinho, pela oração assídua e confiante e por suas lágrimas, alcançou a transformação espiritual do filho. Este, em suas Confissões, descreveu-a como mãe cristã contemplativa e atenta às necessidades dos humildes e dos pobres”.

E exatamente no dia vinte e oito de agosto se celebra o dia de Santo Agostinho, e a descrição da liturgia enobrece sua mãe, diz assim: “Agostinho (Argélia, 354-430), filho de pai pagão e mãe cristã, espírito afoito e sedento de verdade, transitou por diversas correntes filosóficas e seitas até chegar ao cristianismo, graças às orações da mãe, Mônica. Foi Bispo de Hipona e é um dos maiores doutores e padres da Igreja”.

Em poucos escritos que a liturgia nos traz observamos o ponto mais forte que nos serve de exemplo e testemunho: a oração.

monicaE observem que o esposo era pagão, Mônica era cristã, não deve ter sido fácil permanecer fiel à religião cristã. E embora o filho inicialmente seguisse os passos do pai como pagão, Mônica perseverou na religião, na fé e confiança e principalmente na oração, ao ponto que após a conversão Santo Agostinho vai descrevê-la como mãe cristã contemplativa e praticante, pois era atenta às necessidades dos humildes e pobres.

Há mais fatos na vida desta mulher que nos auxiliará. Seus pais a casaram com Patrício, pagão e descrito como homem rude, de caráter violento.  “Sofreu tudo com paciência e mansidão, não respondendo a Patrício, senão por obras de uma caridade sem limites e pela oração. Longe de se queixar e prestar ouvidos às más línguas, que procuravam semear-lhe discórdias no lar, Mônica defendia o marido e não tolerava que o difamassem em sua presença” (História de Santa Mônica – página Oriental.com).

Mônica viveu em tudo a sua fé, esforçou-se em virtudes e na vivência dos princípios cristãos, alcançou pela oração a conversão de seu marido ao cristianismo e posteriormente a de seu filho Agostinho.

O que mais observamos na vida dessa mulher de Deus, é a vivência de sua fé na religião e plena confiança em Deus, que nasce da entrega total de sua vida. A oração e contemplação são seu sustento e força em todas as provações.

São exemplos muito fortes: seu silêncio diante da rudeza de seu esposo, sabedoria que lhe foi dada pelo Espírito Santo. Saber o quanto se esforçava nas virtudes e principalmente na oração.

Hoje vemos muitas mães distantes da própria vida, alheias a tudo a sua volta, principalmente alheias a Deus, e nem mesmo os filhos tem sua atenção, não só a física, mas a de pessoa na totalidade, pois estão tão envolvidas com tudo a sua volta que seus pensamentos a colocam em outro mundo, outra realidade.

Aqui cabe a internet (facebook entre outros), músicas, novelas, fofocas, distrações e mais distrações de todo tipo e maneira que possamos imaginar. Oração e religião não fazem parte de suas vidas. A que ponto chegamos!!!

A vida é feita de escolhas. Escolher viver a graça da religião em sua totalidade depende de conversão. Foi o que aconteceu com Agostinho, filho de Mônica, que se tornou pelo poder de Deus Santo Agostinho e a Igreja reconheceu que só foi possível essa grande conversão porque houve uma Santa Mônica, mulher que escolheu a santidade e a oração como forma de vida.

Reze, reze e reze! Talvez primeiramente por você mesma, pedindo a Deus a graça de acolhê-la e assim tornar-se intercessora dos que lhe são queridos, e canal da graça de Deus a todos os que estão a sua volta!

Deus te abençoe e te torne guerreira pela oração!

Evanilde Angolini – Oblata Corpus Christi

http://www.corpuschristi.org.br

 

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Comentário do dia:

Bento XVI, papa de 2005 a 2013
Audiência geral de 14/2/07 (© copyright Libreria Editrice Vaticana)

 

«Acompanhavam-No os Doze, bem como algumas mulheres»

 

Acompanhavam-o os doze e algumas mulheres...

Sabemos que, de entre os seus discípulos, Jesus escolheu doze homens como pais do novo Israel, e escolheu-os para «estarem com Ele e para os enviar a pregar» (Mc 3, 14). Este facto é evidente mas, além dos Doze, colunas da Igreja, pais do novo Povo de Deus, também há muitas mulheres que são incluídas no número dos discípulos.

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Posso apenas mencionar brevemente aquelas que se encontram no caminho do próprio Jesus, a começar pela profetisa Ana (Lc 2,36-38), até à Samaritana (Jo 4,1-39), à mulher sírio-fenícia (Mc 7,24-30), à hemorroíssa (Mt 9,20-22) e à pecadora perdoada (Lc 7,36-50).

dracma 1Não me referirei sequer às protagonistas de algumas eficazes parábolas, por exemplo a uma dona de casa que amassa o pão (Mt 13,33), à mulher que perde a dracma (Lc 15,8-10), à viúva que importuna o juiz (Lc 18,1-8). Mais significativas nesta nossa reflexão são aquelas mulheres que desenvolveram um papel ativo no contexto da missão de Jesus.

anuncia%C3%A7%C3%A3o+mariaEm primeiro lugar, pensamos naturalmente na Virgem Maria que, com a sua fé e a sua obra maternal, colaborou de modo único na nossa Redenção, de tal forma que Isabel a proclamou «bendita […] entre as mulheres» (Lc 1,42), acrescentando: «Feliz de ti que acreditaste» (Lc 1,45). Tornando-se discípula de seu Filho, Maria manifestou em Caná total confiança nele (Jo 2,5) e seguiu-O até à Cruz, onde recebeu dele uma missão maternal para com todos os seus discípulos de todos os tempos, representados por João (Jo 19,25-27).

Surgem depois várias mulheres que, a diversos títulos, gravitaram em torno da figura de Jesus, com funções de responsabilidade.

São exemplo eloquente disso as mulheres que seguiam Jesus para O assistir com os seus bens e das quais Lucas nos transmite alguns nomes: Maria de Magdala, Joana, Susana e «muitas outras» (Lc 8,2-3).

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Depois, os Evangelhos informam-nos de que as mulheres, diversamente dos Doze, não abandonaram Jesus na hora da Paixão (Mt 27,56.61; Mc 15,40).

Entre elas destaca-se, em particular, Madalena, que presenciou a Paixão, mas que foi também a primeira testemunha do Ressuscitado e quem O anunciou (Jo 20,1.11-18). É precisamente para Maria de Magdala que S. Tomás de Aquino reserva a singular qualificação de «apóstola dos apóstolos», dedicando-lhe este bonito comentário: «Assim como uma mulher tinha anunciado ao primeiro homem palavras de morte, assim também foi uma mulher a primeira a anunciar aos apóstolos palavras de vida».

http://evangelhoquotidiano.org

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A cruz do amor,

foi a escola que formou todas as santas mulheres!

(Sol)

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Amor ao Sofrimento

Letra: São Paulo da Cruz

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“É na cruz que o Santo Amor
A alma amante purifica.
Quando férvida constante,
A Ele toda se dedica.
Quem me dera descrever
O tesouro tão divino
Que o grande Deus Uno e Trino
colocou no padecer.

Mais ainda é felizardo
Quem no seu puro penar,
É em Cristo transformado,
Sem a sombra do gozar.

É na cruz que o Santo Amor
A alma amante purifica.
Quando férvida constante,
A Ele toda se dedica.
Quão feliz o coração que,
Na cruz abandonado,
Se consome em santo amor
Entre os amplexos do Amado.

Oh, feliz é quem padece
Sem apego a seu sofrer!
Para mais amar Quem o fere,
Só buscando a si morrer.

É na cruz que o Santo Amor
a alma amante purifica.
É na cruz…”

 

Cruz

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Ela muito amou!

 

madalena

Tanto que esperou pudesse um dia
Chegar bem perto dizendo tudo
Se não conseguiu como queria
O seu silêncio não ficou mudo

Ela muito amou, tem a minha paz
Vai seguir caminho sem temor
Sabe quem eu sou e será capaz
De espalhar na Terra o meu amor

Ela ultrapassou toda medida
Não lhe bastando meros preceitos
Lágrimas, perfume, que acolhida!
Nem se importando com preconceitos

Ela muito amou tem a minha paz
Vai seguir caminho sem temor
Sabe quem eu sou e será capaz
De espalhar na Terra o meu amor

Se ninguém ousou dizer bem claro
O que pensava daquele gesto
Ele revelou como era raro
Esse carinho tão manifesto

Ela muito amou tem a minha paz
Vai seguir caminho sem temor
Sabe quem eu sou e será capaz
De espalhar na Terra o meu amor

Ele é sempre mais que um convidado
Se põe a mesa nutrindo a vida
Olha os corações e põe de lado
Toda a aparência, cura a ferida

Jesus madalena

PARTILHA

Esta é uma melodia que eu canto, desejando viver!

E peço a intercessão da mulheres que seguiram Jesus, e santificaram suas vidas! Tenho como intercessoras quatro delas.

Santa Teresinha, pois minha mãe tinha o nome dela, participei da paroquia santa Teresinha – Itaici por muitos anos. Meu primeiro orientador espiritual era devoto dela.

Depois começaram me falar muito de Santa Rita, por ser esposa, e eu a acolhi também.

Nas dificuldades com os filhos, tocou meu coração a vida de santa Monica, e nela me espelho. Rezar sabendo que talvez não caiba a mim fazer mais nada do que rezar e testemunhar vida de oração constante, Deus pode colocar alguém para tocar com palavras, o coração de quem amamos.

Santa Brigida…um mistério pra mim ainda hoje. Em uma adoração eucarística, veio este nome ao meu coração, e eu pensei que fosse maluquice minha, pois nunca tinha ouvido falar de santa Brigida, mas descobri que ela existe, e foi uma mãe e esposa, que lutou pela conversão da família.

E uma foi se unindo a outra, nas minhas orações.

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Mas tem uma mulher, que cativou meu coração, e rogo sempre a Deus para que eu possa me espelhar nela, aquela que encontrou o olhar de Jesus, e largou tudo para segui-lo até o fim!

Aquela que muito amou! Maria Madalena.

Que as santas mulheres, roguem a Deus por nós!

(Sol)

“Ela muito amou tem a minha paz
Vai seguir caminho sem temor
Sabe quem eu sou e será capaz
De espalhar na Terra o meu amor”

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Maria santa e fiel,
Ensina-nos a viver como escolhidos.
Olhos voltados para o céu
E por eles construir a nossa vida.

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Acima de todas as mulheres, sempre estará a virgem Maria, nela se espelharam todas as outras que buscaram agradar o coração de Deus!

rosa de saron

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mulher que teme ao Senhor Bom dia