Pentecostes! O Espírito do Senhor encheu o Universo inteiro, Ele mantém unidas todas as coisas e conhece todas as línguas, aleluia!

 

 

Vinde Espírito Santo!

 

 

Santo Hilário(c. 315-367), bispo de Poitiers doutor da Igreja

La Trinité, 12, 55s; PL 10, 472

«Não sabes de onde ele vem nem para onde vai»

Deus todo poderoso, o apóstolo Paulo diz que o teu Espírito Santo «perscruta e conhece as profundezas do teu ser» (1Cor 2, 10-11), e que intercede por mim, fala-te por mim através de «gemidos inefáveis» (Rom 8, 26)… Nada exterior a ti sonda o teu mistério, nada estranho a ti é tão poderoso para medir a profundidade da tua majestade infinita. Tudo o que penetra em ti provém de ti; nada do que é exterior a ti tem o poder de te sondar…

Creio firmemente que o teu Espírito Santo vem de ti pelo teu Filho único; ainda que não compreenda este mistério, tenho dele uma profunda convicção.

É que, nas realidades espirituais que são o teu domínio, o meu espírito é limitado, tal como assegura o teu Filho único: «Não te admires se te disse: ‘Deves nascer do alto, pois o Espírito Santo sopra onde quer; ouves a sua voz, mas não sabes nem de onde vem nem para onde vai’. Assim acontece a quem quer que nasça da água e do Espírito».

Creio no meu novo nascimento sem o compreender, e apoio na fé aquilo que me escapa. Sei que tenho o poder de renascer, mas não sei como isso acontece. Nada limita o Espírito. Ele fala quando quer, diz o que quer e onde quer.

A razão da sua partida e da sua chegada permanece incógnita para mim, mas tenho a convicção profunda da sua presença.

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Santa Teresa Benedita da Cruz [Edith Stein] (1891-1942), carmelita, mártir, co-patrona da Europa

Poesia Pentecostes 1942

«Não sabes de onde vem, nem para onde vai»

Quem és tu, doce luz, que me enche se iluminas as trevas do meu coração?

Guias-me como a mão de uma mãe,e se tu me largasses,

eu não poderia mais dar um só passo.

Tu és o espaço que envolve e protege o meu ser.

Abandonada por ti, afundar-se-ia no abismo do nada

de onde a tiraste para a elevar à luz.

Tu, mais próximo de mim do que eu o estou de mim mesma,

mais íntimo que o âmago da minha alma,e no entanto incompreensível e inefável,além de todo o nome,

Espírito Santo, Amor eterno!

Não és tu o doce maná que do coração do Filho transborda para o meu, o alimento dos anjos e dos bem aventurados?

Ele que Se ergueu da morte para a vida despertou-me também do sono da morte para uma vida nova.

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Solenidade de Pentecostes
31 de maio

“Espírito Santo, que unis o Pai e o Filho em bem-aventurança eterna, ensinai-me a viver a cada instante e em todos os acontecimentos, na intimidade com meu Deus, sempre mais consumado na unidade da Trindade Santa. Sim, acima de tudo, concedei-me vosso Espírito de Amor para animar com vossa santidade os mínimos atos da minha vida, a fim de que, na Igreja, seja eu, verdadeiramente, pela redenção das almas e a glória do Pai, uma hóstia de amor em louvor da Trindade.

Peço-vos uma alma de limpidez cristalina, digna de ser templo vivo da Santíssima Trindade. Deus Santo, guardai na unidade minha alma para Jesus, com todo o seu poder de amor, ávida de beber incessantemente vossa pureza infinita. Que minha alma atravesse este mundo santa e imaculada no amor, amando acima de tudo vossa presença, unicamente sob vosso olhar, sem a menor imperfeição, sem que a menor mácula venha nela ofuscar o esplendor de vossa beleza. Amém”.

Frei M. M. Philipon, O.P.

Consagração à SS. Trindade

 

Consagração ao Espírito Santo

‘Ó Santo Espírito, Espírito divino de luz e amor, eu vos consagro minha Inteligência, minha vontade, meu coração e todo o meu ser, seja no tempo, seja na eternidade.
Que minha inteligência seja sempre dócil às vossas celestiais inspirações e aos ensinamentos da santa Igreja católica da qual sois guia infalível; que o meu coração viva sempre inflamado com o amor de Deus e do próximo; que minha vontade esteja sempre conformada à vontade divina e que toda a minha vida seja fiel imitação da vida e das virtudes de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, ao qual, com o Pai e convosco, ó divino Espírito, sejam dadas honra e glória pelos séculos dos séculos. Amém.'”

 

 

Domingo de Pentecostes: O Espírito do Senhor encheu o universo inteiro

Domingo passado, na sua Ascensão ao Céu, Jesus entregou aos Apóstolos a missão de evangelizar todos os povos. Mas, eles ainda não haviam sido batizados para esta missão. Faltava Jesus incendiar-lhes o coração com o fogo, o poder de sua Paixão.

Este milagre vai acontecer hoje: Solenidade de Pentecostes.

1. Pentecostes e sua história
Pentecostes, para os antigos judeus, era a festa das colheitas na qual celebrava-se, também, a aliança que Deus estabelecera com eles através da Lei dos Dez mandamentos confiada a Moisés no alto do monte Sinai. No embalo e na memória deste dom antigo, a Igreja celebra hoje o dom da nova Aliança, assinalada, agora, no coração de seus fiéis pelo sangue de Cristo derramado em sua crucificação no alto do monte Calvário.

Nunca é demais repetir que tudo se dá na Cruz.

É neste grande Ato que Deus comunica a eles e a nós o Amor “maior” e os capacita a doar a vida por seus amigos e inimigos.

Este novo dom de Cristo aos apóstolos se revelou em toda a sua plenitude, cinquenta dias depois, através de alguns sinais muito expressivos, principalmente por um vento impetuoso que encheu todo o lugar onde se encontravam reunidos e por línguas de fogo que, vindas do alto, pousavam sobre a cabeça de cada um deles e de Maria, ungindo-os, assim com a Potência de Deus, bem como com a graça da comunhão entre povos diversos e de línguas diferentes.

O Espírito Santo, porém, já vinha se manifestando ao longo de toda a História Sagrada.

No livro do Gênesis, por exemplo, aparece como Sopro (Ruach) que dá vida, alma, ânimo, às criaturas e ao homem: “O Senhor Deus soprou-lhe nas narinas o Sopro da vida e o homem tornou-se um ser vivente” (Gn 2,7).

É através dele, também, que alguns fiéis se tornam heróis como Sansão, pastores como Moisés e os juízes, profetas como Elias, Jeremias, Isaías, etc.

Mas, é em Cristo que sua ação se revela em toda a plenitude.

É pela ação dele que o Verbo se faz Carne no seio da Virgem Maria; é o mesmo Espírito que toma conta de Jesus no Batismo, incendiando-lhe o coração de amor e de paixão pelo Pai e pelos homens, principalmente pelos mais abandonados, doentes e pecadores; é ele ainda quem sustenta Jesus nas tentações do deserto e em todo o percurso de toda a sua vida pública, culminando na grande provação do abandono pelo Pai na Cruz.

 

2. Pentecostes, a plenitude do Espírito Santo
Segundo São Gregório Nazianzeno (séc. IV), a presença e a atuação do Espírito Santo através de Cristo nos discípulos se dá em três períodos diferentes e de três modos diferenciados.

Primeiramente, e de modo obscuro, o Espírito Santo atuava nos Apóstolos pelo simples fato de conviverem com Jesus e seguindo seus passos e ensinamentos. Em segundo lugar, e de modo mais explícito, depois de sua glorificação pela ressurreição.

Neste momento, o Espírito Santo atuava nos discípulos como o Sopro do Cristo ressuscitado que lhes foi comunicado e que lhes deu o poder de perdoar os pecados, fazendo-os comungar, assim, da reconciliação com os homens que o Pai quis realizar pelo Filho, por meio de sua morte e ressurreição.

É o que nos recorda o evangelho de hoje. Finalmente, após a Ascensão ou o regresso do Filho aos céus, no Pentecostes, a atuação do Espírito nos discípulos se manifestou de modo novo, mais evidente e pleno como vemos na primeira leitura da Liturgia de hoje.

Agora não está mais presente apenas de modo velado, como Potência do Alto, mas de modo desvelado, essencial, substancial, Ele mesmo, em Pessoa, fazendo de nosso mundo, de cada criatura e de cada um de nós sua habitação, o céu na terra, Deus no homem para que a terra estivesse no céu e o homem em Deus. Eis o sentido novo da história e da humanidade, que reúne todos os homens, de todas as tribos, línguas, povos e nações.

O que hoje se celebra, portanto, é o ápice, o coroamento, a plenitude de todas as manifestações, vindas, revelações, de todas as operações ou doações que Deus faz de Si mesmo, como muito bem o proclama a Antífona da Entrada: “O Espírito do Senhor encheu o Universo inteiro, Ele mantém unidas todas as coisas e conhece todas as línguas, aleluia!”

Cumpriu-se, assim, a promessa do Pai, a saber, de derramar o Espírito Santo universalmente, conforme a profecia de Joel: “Derramarei o meu espírito sobre todo o ser vivo: vossos filhos e filhas profetizarão, os vossos anciãos terão sonhos e os vossos jovens terão visões; também sobre os meus servos e servas derramarei, naqueles dias, o meu espírito” (Joel 2, 8).

Ao dar-nos seu espírito, como nos deu, o Pai nos deu tudo ou melhor o Todo de Si mesmo e de uma só vez. Cometeríamos, pois um grande agravo a Deus esperar por outra vinda, outro dom do Espírito Santo não confiando neste que está aí, de modo definitivo e eterno, em nossos corações, aguardando nossa acolhida.

3. Pentecostes e a Igreja
Costuma-se dizer que foi neste dia de Pentecostes que nasceu ou que foi fundada a Igreja. Na verdade, o que hoje acontece é a epifania da Igreja, que, como diziam os Padres da Igreja, existe desde o primeiro justo da história, Abel, figura de Cristo. Com efeito, no Antigo Testamento, no Povo de Deus (Qahal = Ekklesia = Assembleia dos Chamados), fundado sobre os doze patriarcas, já se prefigura, o novo Povo de Deus, inaugurado e instituído por Jesus Cristo, e fundado sobre o testemunho dos doze apóstolos.

Assim, o que acontece hoje é sua manifestação pública, solene e oficial tanto para judeus como para todo o mundo. Cristo já a havia inaugurado e instituído na solene noite de sua Despedida quando, na última Ceia, ordenara os Apóstolos viverem segundo a Potência do mandamento do novo amor, inaugurando assim uma nova Humanidade, uma nova História.

Hoje, portanto, o Pai confirma publicamente, com o Envio do seu Espírito, o que o Filho havia instituído cinquenta dias antes.

São Paulo, na segunda leitura de hoje, expressa esta congregação de povos pelo Espírito: “Na verdade, todos nós – judeus e gregos, escravos e homens livres – fomos batizados num só Espírito, para constituirmos um só Corpo. E a todos nós foi dado a beber um único Espírito” (1 Cor 12, 13).

Por isso, membros deste Corpo, desejemos, acima de tudo o “Espírito do Senhor e sua santa operação”, como dizia São Francisco. Que nós suspiremos, a cada dia pelo Espírito Santo, pelo devir de sua graça em nós, pelas virtudes gratuitas que ele concede – fé, esperança e caridade –, pelos seus sete dons (temor, piedade, ciência, fortaleza, conselho, inteligência e sabedoria) e pelos seus frutos: amor, alegria, paz, paciência, bondade, benevolência, fé, doçura, domínio de si (cfr. Gl 5, 22).

E supliquemos:


Sem a vossa força
E favor clemente,
Nada há no homem
Que seja inocente

4. Nomes e benefícios
O mistério do Espírito Santo e de sua operação, por ser o próprio Deus, ultrapassa todas as nossas tentativas de compreendê-lo. A Sagrada Escritura fala muito em Sopro. Trata-se do “sopro vital da própria ternura do amor do Deus de Jesus Cristo”, “que é tudo em todas as coisas” (Harada). O salmo de hoje canta este Sopro Sagrado do Pai e do Filho atuante em todas as criaturas, dizendo: “Se lhes tirais o alento, morrem e voltam ao pó donde vieram. Se mandais o vosso Espírito, retomam a vida e renovais a face da terra” (Sl 103/104).

A esse Espírito a Igreja clama, na Sequência da missa de hoje, como “Pai dos pobres”. Ele é o vigor da ternura de Deus que atua na nossa fraqueza. O seu gemido, como o gemido amoroso da pomba, nos consola e nos faz companhia. Segundo a lei do amor, pobre se une a cada pobre como pobre.
O Espírito Santo, como diz o Evangelho de João (14, 16), é, pois, “outro Paráclito”, que, como o primeiro Paráclito, que é o próprio Jesus Cristo, intercede por nós junto do Pai e nos dá o encorajamento, isto é, nos anima e alivia em nossas aflições (Cfr. 1 Jo 2,1). Assim, o Pai é consolador (“Pai de toda a consolação”), o Filho é consolador, o Espírito Santo é consolador.

Os três, como um só Deus Consolador, se juntam à nossa solidão para nos fazer companhia, uma companhia íntima, que nos dissipa toda a desolação e nos enche de ânimo e de alegria.

Por isso, a Igreja, na mesma Sequência da missa de hoje, diz:


Vinde, Pai dos pobres:
Na dor e aflições,
Vinde encher de gozo
Nossos corações.

Quem compreendeu e viveu profunda e intensamente o mistério desse Dom supremo de Deus aos homens foi São Francisco. Expressões como “ébrio”, “cheio do Espírito Santo”, “movido” ou “tomado pelo Espírito” proliferam em suas Legendas. Chegou a chamar a atenção dos frades para o fato de que não são eles, mas sim “o Espírito do Senhor, que habita nos seus fiéis, quem recebe o santíssimo corpo e sangue do Senhor” (Ad 1).

Determinou ainda que todos os Capítulos se realizassem na Festa de Pentecostes para que então os frades sentissem mais de perto que eles formavam uma Ordem não a partir deles e do que eles faziam, mas sim a partir do Espírito do Senhor e daquilo que Ele operava no meio deles.

Pedia ainda que os frades contrapusessem o espírito de vanglória, soberba e prepotência de uma vistosa e longa cabeleira, pelo espírito de simplicidade, pequenez, humildade e minoridade de uma coroa simples e pequena. E concluía: “Junto de Deus não há acepção de pessoas (Rm 2,11), e o Ministro Geral da Ordem que é o Espírito Santo, pousa do mesmo jeito sobre (Is 11,2) o pobre e o simples (2C 193).

Conclusão: Evangelizadores com Espírito
Desde o vaticano II vivemos um novo Pentecostes. Por isso, a Igreja e a humanidade exigem “evangelizadores com Espírito”, diz nosso atual Papa Francisco. E ele mesmo explica: “Evangelizadores com Espírito quer dizer evangelizadores que se abrem sem medo à ação do Espírito Santo.

No Pentecostes, o Espírito faz os Apóstolos saírem de si mesmos e transforma-os em anunciadores das maravilhas de Deus, que cada um começa a entender na própria língua.

Além disso, o Espírito Santo infunde a força para anunciar a novidade do Evangelho com ousadia e abertamente (parresia), em voz alta e em todo o tempo e lugar, mesmo contra-corrente. Invoquemo-Lo hoje, bem apoiados na oração, sem a qual toda a ação corre o risco de ficar vã e o anúncio, no fim de contas, carece de alma.

Jesus quer evangelizadores que anunciem a Boa Nova, não só com palavras mas sobretudo com uma vida transfigurada pela presença de Deus” (EG 259).

 Frei Dorvalino Fassini, ofm

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Vídeo de formação  – Viver Pentecostes – Ficar cheio do Espirito Santo

Homilia de Mons. José Maria Pereira – Solenidade de Pentecostes

Missão do Espírito Santo

Com a Solenidade de Pentecostes encerramos o Tempo Pascal.

Pentecostes era uma das grandes festas judaicas; muitos israelitas iam nesses dias em peregrinação a Jerusalém, para adorar a Deus no Templo. A origem da festa remontava a uma antiqüíssima celebração em que se davam graças a Deus pela safra do ano, em vésperas de ser colhida. Depois acrescentou-se a essa comemoração, que se celebrava cinqüenta dias depois da Páscoa, a da promulgação da Lei dada por Deus no monte Sinai.

Por desígnio divino, a colheita material que os judeus festejavam com tanto júbilo converteu-se, na Nova Aliança, numa festa de imensa alegria: a vinda do Espírito Santo com todos os seus dons e frutos.

Hoje é a plenitude do Mistério Pascal, com o Dom do Espírito Santo à Igreja. É o nascimento da Igreja. O Pentecostes é o cumprimento da promessa de Jesus: “… se Eu for, enviá-lo-ei” (Jo 16,7);

A vinda do Espírito Santo no dia de Pentecostes não foi um acontecimento isolado na vida da Igreja.

O Paráclito santifica-a continuamente, como também santifica cada alma, através das inúmeras inspirações que se escondem em “todos os atrativos, movimentos, censuras e remorsos interiores, luzes e conhecimentos que Deus produz em nós, prevenindo o nosso coração com as suas bênçãos, pelo seu cuidado e amor paternal, a fim de nos despertar, mover, estimular para o amor celestial, para as boas resoluções, para tudo aquilo que, numa palavra, nos conduz à nossa vida eterna.

A sua ação na alma é suave e aprazível; Ele vem salvar, curar, iluminar,” (São Francisco de Sales).

No dia de Pentecostes, os Apóstolos foram robustecidos na sua missão de anunciarem a Boa Nova a todos os povos.

Todos os cristãos têm desde então a missão de anunciar, de cantar as maravilhas que Deus fez no seu Filho e em todos aqueles que crêem nEle. Somos agora um povo santo para publicar as grandezas dAquele que nos tirou das trevas para a sua luz admirável.

Ao compreendermos a grandeza da nossa missão, compreendemos também que ela depende da nossa correspondência às moções do Espírito Santo, e sentimo-nos necessitados de pedir-lhe frequentemente que lave o que está manchado, regue o que está seco, cure o que está doente, acenda o que está morno, retifique o que está torcido. Porque sabemos bem que no nosso interior há manchas, e partes que não dão todo o fruto que deveriam porque estão secas, e partes doentes, e tibieza e também pequenos desvios, que é necessário retificar.

Não se pode conceber vida cristã nem Igreja sem a presença e a ação do Espírito Santo.

Depois que Jesus completou a sua obra, constituído Senhor a partir de sua ressurreição, envia ao mundo o seu Espírito, o Espírito do Pai.

Conforme São João (Cf. Jo 20,19-23), Jesus comunica o seu Espírito, o mesmo Espírito que Ele entregou ao Pai no dia da ressurreição.

Para isso, sopra sobre eles, transmitindo-lhes a vida nova, a força, o Espírito Santo: “Recebi o Espírito Santo…” e o Dom do Perdão e da Reconciliação.

O Espírito Santo nos conduz à vida de oração. A vida cristã requer um diálogo constante com Deus Uno e Trino, e é a essa intimidade que o Espírito Santo nos conduz.

Acostumemo-nos a procurar o convívio com o Espírito Santo, que é quem nos há de santificar; a confiar nEle, a pedir a sua ajuda, a senti-lo perto de nós. Assim se irá dilatando o nosso pobre coração, teremos mais ânsias de amar a Deus e, por Ele, a todas as criaturas.

A chama do Espírito Santo transformou totalmente os apóstolos… Que essa mesma chama ilumine e aqueça a nossa vida no caminho da Unidade, do Bem e da Verdade…

“O Espírito Santo vem em socorro à nossa fraqueza”, diz S. Paulo (Rom. 8,26). Diz São João da Cruz que o Espírito Santo, com a sua chama está ferindo a alma, gastando e consumindo-lhe as imperfeições dos seus maus hábitos.

Para chegarmos a um convívio mais íntimo com o Espírito Santo, aproximemo-nos da Virgem Maria, que soube secundar como ninguém as inspirações do Espírito Santo. “Perseveravam unânimes na oração, com algumas mulheres e com Maria, a Mãe de Jesus” (At 1,14).

Por isso, cantemos: Vem, vem, vem, vem Espírito Santo de Amor, vem a nós, traz à Igreja em novo vigor.

Mons. José Maria Pereira

 

 

 

 

Veni Creator Spiritus!  

Vem, Espírito Criador!

Vinde Espírito Criador, a nossa alma visitai
e enchei os corações com vossos dons celestiais.

Vós sois chamado o Intercessor de Deus excelso dom sem par,
a fonte viva, o fogo, o amor, a unção divina e salutar.

Sois o doador dos sete dons e sois poder na mão do Pai,
por Ele prometido a nós, por nós seus feitos proclamai.

A nossa mente iluminai, os corações enchei de amor,
nossa fraqueza encorajai, qual força eterna e protetor.

Nosso inimigo repeli, e concedei-nos a vossa paz,
se pela graça nos guiais, o mal deixamos para trás.

Ao Pai e ao Filho Salvador, por vós possamos conhecer
que procedeis do Seu amor, fazei-nos sempre firmes crer.

Amém!

 

ESPÍRITO SANTO O MELHOR AMIGO!

Ilumina meus pensamentos nas madrugadas,

Direciona minhas pesquisas

Abre meus ouvidos na compreensão das homilias

Silencia minha alma, quando comungo na santa missa

Me da as palavras certas para consolar meu irmão que sofre

Preenche meus desertos

Faz companhia a minha solidão

Fala no meu silencio

Canta melodias nos meus ouvidos

Dança com minha alma nos louvores

Transforma  sorrisos e lágrimas em adorações.

Haaa…doce amigo

Suave, terno, repleto de quietude e paz!

Eu descanso minha vida na tua presença!

(Sol)

 

 

Chega a glória de Deus!
Eis a promessa que jamais falhou
Já resplandece na vida de quem
Em Deus esperou
Quero viver esse amor
Apaixonado, um adorador
Sei que é do trono da graça que vem
O Consolador

Desce do céu sobre nós, Shekinah!
Espírito Santo
Desce do céu sobre este lugar!
Ó terra, tremei!
A glória do Rei nos alcançou
Em nós habitou – Shekinah

Uma aliança real
Nada e ninguém a consegue romper
Fidelidade é igual respirar
Pra sobreviver
Aviva em mim esse amor
Para honrar teu chamado, Senhor
De santidade inflama meu ser
Fogo abrasador

 

 

RUAH

Você sabe o que é RUAH?

RUAH é uma palavra do hebraico, que significa “vento, aragem, movimento do ar, sopro de vida, hálito ou alento de vida, espírito”.

Nas escrituras hebraicas “RUAH ELOHIM” significa “o vento criativo de Deus”.

O “RUAH IAHVÉ” (Espírito de Deus) é o hálito que sai da boca de Deus como alento de Vida. Conforme está escrito em Gn 2,7: “Deus insuflou no barro amassado o seu Ruah – hálito, alento, respiração – e o Homem tornou-se um vivente!”

Já no novo testamentos temos o Pentecostes, quando Jesus ressuscitado apareceu aos apóstolos que estavam reunidos em Cenáculo, segundo Jo 20,22: “soprou sobre os Apóstolos, dizendo-lhes: Recebei o Espírito Santo!” O Espírito Santo que é o alento de vida de Jesus.

Ruah significa “Pneuma” em grego e “Spiritus” em latim, de onde se origina a palavra “Espírito” em português.

De modo geral, pode-se dizer que RUAH é O SOPRO DO ESPÍRITO SANTO DE DEUS.

http://palavradedeusereflexao.blogspot.com.br

 

Agradeço sua visita. Deus seja louvado por sua vida!